Alunos de Comunicação da BA no Stand-up do Comedy Central

Por Karina Giannini e Laura Nogueira

Na última terça-feira (21), os alunos de Comunicação da Belas Artes foram convidados para assistir à gravação da nova temporada de stand-up do Comedy Central, produzida por Victor Camejo, que além de roteirista e comediante, realizou a abertura e a apresentação dos demais comediantes. O ‘esquenta’ feito por Victor foi composto de um pequeno número improvisado, que cativou a plateia ao envolvê-la em seu ato de maneira espontânea e interativa.

O primeiro comediante a se apresentar foi Eduardo, cujo sketch foi inspirado em situações do cotidiano, como táticas de venda dos ambulantes e as atitudes de sua mãe, consideradas por ele, constrangedoras. O estreante Abner, de 23 anos, abordou temas polêmicos relacionados a suas experiências com a família religiosa, o lugar onde viveu, puberdade e o início de sua carreira. Devido ao forte teor, algumas piadas foram encaradas de forma excedente ao limite pelo público.

Outro comediante que enfrentou as mesmas dificuldades foi Juliano, que vindo de Florianópolis, tinha uma visão ácida sobre a realidade de São Paulo, em especial aos moradores de rua, alvos da maioria de suas piadas. Ele também dividiu suas vivências com cachorros, relacionando-os com veganismo e imigrantes.

O grande destaque da noite foi marcado pelo humor das três comediantes convidas, que juntas integravam o time de representatividade feminina no universo da comédia. A primeira delas foi Cintia Rosini, a qual abordou assuntos referentes a comunidade LGBTQ+ e sua vida amorosa em sites de relacionamento, dando até mesmo algumas dicas sobre o uso. Dando sequência, Viviane baseou seu ato no crescimento na periferia paulista e o confronto de sua realidade com a do centro da cidade, apresentando uma nova visão das músicas sertanejas de “sofrência” deixando-as mais empoderadas, já que segundo ela, não a representam. O encerramento do show foi feito pelas piadas pesadas de Úrsula, que apesar de serem autodepreciativas, eram divertidas e reais, provocando a identificação do público e mostrando, como ela mesma disse, “um olhar ‘otimista’ da vida”.

“Assistir a um programa na televisão e a gravação é algo completamente diferente. Quando assistimos na televisão, já está tudo pronto, mas acompanhar o processo de gravação mostra que não é apenas aparecer no palco e começar a falar. Foi muito legal poder ver tudo de perto e ainda mais por ter mulheres dominando os melhores números” – ressalta Vitória Gonçalves. Fernanda Rackel concorda com essa visão e ainda acrescenta: “de todos os comediantes que se apresentaram, os melhores, sem dúvida, foram as mulheres! A Cintia é incrível e com certeza foi a melhor da noite!”

Os alunos da Belas Artes agradecem o convite e a oportunidade de ter uma experiência como essa!

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest